sábado, 19 de março de 2011

Dor confessa..

Essa louca vontade, por vezes irrefreável, de me cortar.
Eu já não consigo mais evitar, quero ver o sangue escorrer.
E deixar que a dor, ao passar, lembre-me de que ainda estou viva
e me traga de volta à realidade, dura realidade.
Só assim consigo ver que ainda há muito o que fazer,
que ainda há muito o que se ver, basta querer...
Como desatar-me desta dolorosa sensação que me domina,
de que nada mais vai mudar, de que é tudo isso em vão.
Já não há mais como controlar tanto desejo guardado,
tanto desespero, tanta tentação...
Se quanto mais eu fujo, mais me afogo em mim,
parece não haver solução para este meu problema sem fim.
Mas eis que aí me surges tu, tão doce e sincero.
Tão puro e leal, que me trazes de volta a esperança.
E o que me resta agora, é somente acreditar, em ti, em mim...em nós.

Priscilla Crusoé.

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